segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Historia da Cidade de Antônio Martins RN



Conheça a Nossa Cultura

Bucólico, longínquo, fincado nos confins do Rio Grande do Norte; região do médio oeste e pertencente ao município de Martins, o Sítio Boa Esperança veio a eclodir, somente a partir de 1845 aproximadamente quando contava com uma única casinha alpendrada, feita de taipa, amarrada com tiras de couro bovino curtido, localizada às orlas do ribeiro Boa Esperança. Antônio José de Maria e Antônia Delfina de Mesquita, seus legítimos moradores.

Em primeiro de maio de 1898, chega Justino Ferreira de Souza. Nascera em Serrota, distante três léguas da cidade de Martins, a 17 de Agosto de 1870. De origem humilde, sem nenhum estudo, apenas com os rudimentos das primeiras letras, foi, no entanto, um dos filhos de Martins que no Sítio Boa Esperança, concorreu de maneira eficiente e positiva para o seu engrandecimento. Foi Justino Ferreira o construtor da primeira moradia rebocada, e devidamente caiada, datada de 1899. Além de sua moradia, Justino Ferreira também construiu o cemitério e iniciou a edificação da capela de Santo Antônio com doações recebidas dos pobres. Deu-se aí o início de um povoamento.

Com a construção de novas residências e com a ampliação das plantações, o povoado conseguiu dar impulso ao seu desenvolvimento. Em 1920, Boa Esperança orgulhava-se de abrigar 81 residências com 387 moradores permanentes. Já era estrada tradicional com fácil acesso para Mossoró, rota dos comboios, animados pelo estalo dos chiqueradores.

Em 30 de dezembro de 1943, Boa Esperança muda de nome. A partir de então, o povoado passou a se chamar Vila de Demétrio Lemos, por força dos inúmeros benefícios que o Coronel Rego Lemos prestou ao município de Martins.

Desmembrada de Martins, em 26 de março de 1963, a Boa Esperança do início do século, passa a se chamar oficialmente de Antônio Martins. Uma homenagem prestada a um clã médico e político dos Carvalhos, família de grande influência política que predominava na região.

Sobre o Município
Hino: Titulo: Antonio Martins, Data: 26/03/2006 e Autora: Joana Paiva Recamonde)
Livro de chagas Cristovão Fernandes: Titulo: Terra da Boa Esperança; Ano: 2003; 1 Edição.
Primeira denominação: Boa Esperança (1845)
Segunda denominação: Demétrio Lemos (1943)
Última e atual denominação: Antônio Martins (1963)
Emancipação Política: Lei nº 2.851 de 26/03/1963
Origem do nome: Médico e Político
Gentílico: Antôniomartinense
Fundador do Município: Aluísio Alves
Código do Município: 2400901
CEP:59 870 - 000

Municípios Limítrofes

Norte: Martins , Serrinha dos Pintos e Frutuoso Gomes
Sul: João Dias , Alexandria e Pilôes
Leste: Almino Afonso e Catolé do Rocha/Pb
Oeste: Pau dos Ferros , Marcelino Vieira

Outras Informações

Altitude média do Município:450m
Distância da Capital (Natal): 357 km e 356km (em linha reta)
Área territorial: 244,620 Km2
População: 6.907 habitantes (Censo 2010) Urbano: 3784 ( 54,8% ), Rural: 3123 ( 45,2% ).
Temperatura média:28,1ºc
Clima: Serrano
Período chuvoso: De fevereiro à maio (maior intensidade)
Precipitação pluviométrica média:758mm/ano
A pluviosidade média aferida no Açude Corredor é de 674,5 mm.
Densidade: 28,24 hab./km²
Localização no Brasil
Longitude: Oeste 6° 12' 46"latitude  Sul  37° 54' 21”
Unidade federativa: Rio Grande do Norte
Mesorregião:  Oeste Potiguar IBGE/2010
Microrregião: Umarizal IBGE/2010            
 
1 Prefeito nomeado
1 prefeito eleito pelo voto
Prefeito Atual
Francisco Aires de Carvalho Neto
Joaquim Inácio de Carvalho Neto
José Júlio Fernandes Neto
(2013
2016)
 
Relevo: O Município apresenta uma forma variável e constante de serras e serrotes, que se caracteriza por pequenas e médias ondulações. A forma variável do relevo se estende por quase toda unidade territorial do município.

Formação vegetal: Catinga hipoxerófila – vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactáceas e plantas de porte mais baixo espalhadas. Entre outras espécies, destacam-se a jurema preta, xiquexique, mofumbo, faveleiro, marmeleiro, facheiro, aroeira, cajueiro, mangueira, cumaru, umburana, pau d´arco, catingueira, oiticica e juazeiro.


Aspectos geológicos: O Município está situado em área de abrangências das rochas metamórficas que compõem o embasamento cristalino de idade pré-cambriana média, variando entre 1.000 – 2.500 milhões de anos, onde predominam: gnaisses e migmatitos variados, granitos, xistos e anfibolitos, as vezes cortador por veios de quartzo e pegmatitos.

Hidrologia: Possui uma hidrologia falha, durante o período de estiagem a população passa por dificuldades devido à falta d´água.

Bacia hidrográfica: Apodi – Mossoró.

Riachos principais: Corredor, Porcos, Boágua, Picada, Mata Seca e Boa Esperança.

Principais açudes: Corredor, Tamanduá, Porcos e Latão.

Solo predominantes e características principais: Podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico com fertilidade alta, textura média. Os solos, no aspecto referente à sua utilização, conclui-se que 60% é composto de terras férteis e ricas em substâncias minerais necessárias as plantas e bons formadores de pastagens.

Economia: agricultura, pecuária, avicultura e comércio.
De acordo com o IDEMA, o solo da região é do tipo podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico. O solo tem aptidão restrita para lavouras, sendo apta para culturas de ciclo longo como algodão arbóreo, sisal, caju e coco. Regular e restrita para pastagem natural.

Rodovias: O Município está ligado a outros municípios através das rn´s estaduais pavimentadas.
RN 117: Antônio Martins/Mossoró RN 078: Antônio Martins/Patu
RN 074: Antônio Martins/Olho D´água do Borges/Alexandria
RN 077: Antônio Martins/João Dias
 
Atrações Turísticas

:: Capela de Santo Antônio: Primeira igreja do município. Construção datada de 1902 em estilo barroco.

:: Cruzeiro da rua velha: Erigido em 1932, fica localizado defronte a Capela de Santo Antônio.

:: Praça José Dionísio de Sousa: Localizada na Rua Aureliano Saraiva, dava lugar ao local das primeiras casas e a primeira rua. Local que aconteciam as feiras livres (1929).

:: Nicho de São José: Paradisíaco, fincado no topo do serrote do mesmo nome, oferece aos devotos e visitantes, belíssima vista da cidade e um entardecer exuberante.

:: Praça Evaristo Venceslau: Construída às margens do ribeiro Boa Esperança, ponto de partida para o nascente povoado de Boa Esperança, em 1845 aproximadamente.

:: Igreja Matriz: Do orago Santo Antônio, sua construção data de 1947 e fica localizada na praça central da cidade.

:: Estação ferroviária e casa do Agente: Inaugurada em outubro de 1948, atualmente encontram-se desativadas, localizadas no Bairro Muquém.

:: Os açudes do Tamanduá , Corredor, Latão e Porcos: Ponto de encontro para quem deseja fugir da rotina da cidade, principalmente aos finais de semana..

:: Terminal Turístico e Cultural Igor Emanuel: Localizado às margens da RN 074, Local familiar e de grande visitação popular, é uma excelente alternativa para quem visita o município.

:: Praça Luiz Valentim: Primeira praça construída na atual administração. Está localizada no Bairro Muquezinho.

:: Presépio Natalino Permanente : Local familiar e de grande visitação popular, é uma excelente alternativa para quem visita o município.

:: Mirante é Santuario São José : Oferece aos devotos e visitantes, belíssima vista da cidade e um entardecer exuberante.


Festas Tradicionais


::Emancipação Política: Maior festa cultural do Município que acontece no dia 26 de março. São várias modalidades esportivas, gincana cultural, cultos e shows religiosos, forró pé de serra, desfile cívico, exposição cultural, encontro de violeiros, inaugurações públicas e show dançante.

::Semana Santa: Festa religiosa que reúne as famílias.

::Padroeiro Santo Antônio: São 13 noites de muita animação e festejos. Festas dançantes , barracas na praça, apresentações de quadrilhas infantil e juvenil, shows festivos e religiosos, parques de diversões, novenas e procissões; tudo faz parte do maior evento religioso/social do município.

::Katozão:  14 de junho, o record de público, em números proporcionais, é  uma das grandes festas dançantes da região.

::São João e São Pedro: Noites das tradicionais fogueiras, da comida de milho verde, das reuniões de ruas e bairros e dos forrós nas comunidades rurais.

::7 de setembro: Festa Pátria que tem a participação das Escolas Municipal, Estadual e Particular e é prestigiada por grande público.

::Mais Bela Voz: Festa realizada no mês de junho que tem colocado na mídia muitos filhos da nossa terra. São cantores e cantoras que se submetem a apreciação e julgamento de uma Comissão e público presente.

::Natal: 24 de dezembro é a Noite de Natal e das reuniões familiares. Há a tradicional missa na Igreja Matriz e encontros juvenis na cidade e as tradicionais ceias natalinas nas residências familiares.

::Concluintes: Tradicional evento de entrega de diplomas e festa dançante que acontece no mercado público entre os dias 20 e 30 de dezembro.

::Noite de Ano: É a noite mais esperada do calendário. A Missa da Passagem e a confraternização das famílias são o ponto alto da Noite de Ano no município que faz vigília até tardes horas do dia primeiro de janeiro.

Antônio Martins, um oásis no sertão potiguar

Singrando a estrada em direção ao sertão potiguar, no pé da soleira da Serra de Martins, a pequena cidade de Antônio Martins é um oásis em pleno deserto catingueiro, como se a abundância das águas das piscinas do “Terminal Turístico” trouxesse sempre uma brisa fresca para abrandar a cidade, abafada pelo tórrido calor em tempos de verão.


A pequena Antônio Martins se prepara para receber o turista cheia de atrações para o deleite do visitante e para o orgulho de seus moradores mais afoitos. Do alto do serrote, o Nincho de São José é um mirante feito para contemplar a paisagem paradisíaca da cidade, enquanto se observa as horas mortas da tarde que anunciam mais um pôr-do-sol no sertão.


Um dia, o município já foi conhecido como Vila de Boa Esperança, no final do século dezenove, quando Justino Ferreira de Souza fundou o lugar, construindo a primeira moradia de pau-a-pique. Foi o mesmo Justino quem construiu o cemitério e deu inicio a edificação da Capela de Santo Antônio, no ano de 1901.

De acordo com Câmara Cascudo, no livro “Nomes da Terra” (reeditado pela Editora Sebo Vermelho, em 2002), em 30 de dezembro de 1943, o povoado de Boa Esperança muda de nome. A partir de então, o lugar passou a se chamar Vila de Demétrio Lemos, por força dos inúmeros benefícios que o Coronel Rego Lemos prestou ao município de Martins.
O atual nome da cidade, Antônio Martins, desmembrada oficialmente de Martins em 1963 pelo então governador Aluízio Alves, foi uma homenagem à Antônio Martins Fernandes, médico e deputado, que teve sua atuação política reconhecida pelas benfeitorias prestadas à região. Sobre o homem Antônio Martins, Cascudo escreveu: “Defendeu com entusiasmo vários projetos proveitosos ao oeste do Rio Grande do Norte. Era de trato acolhedor e amável, e de comunicante simpatia”.

Antônio Martins está localizado na região do Médio Oeste potiguar, a 357 quilômetros da capital do Estado. A economia do município é baseada na apicultura com uma boa produção de mel de abelha puro, colhido com o néctar de rosas brejeiras, brotadas na beira do açude do Tamanduá.

A beleza da região é contemplada com o acolhimento dos antônio-martinenses, povo cheio de fé. Nas festas juninas, a cidade se enche de luz para louvar a Deus e promover várias atrações culturais. Nessa época, quando o inverno é rigoroso e o verde na caatinga alegra o coração do sertanejo, a cidade festeja com muita quadrilha, encontro de violeiros, comida típica e shows regionais.

Quando o visitante deixa a cidade, tem a certeza que o sertão é feito das coisas simples, como se os ventos agresteiros limpassem os olhos com o perfume das juremas-pretas em flor. De longe, a saudade de Antônio Martins é despertada pelo aboio triste de um vaqueiro, ecoando na lembrança do turista as maravilhas de um sertão encantado.
Fonte: Web

 

2 comentários:

  1. Cidade boa de morar.
    Minha familia por parte paterna é de Antonio martins, meu Pai era Alfredo Batista de Oliveira.

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  2. Meu avós era dessa cidade familia verissimo

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