sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Microcefalia: conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenções, possíveis complicações

O que é microcefalia?A microcefalia (do grego: mikrós=pequeno; kephalé=cabeça) é uma condição neurológica rara na qual a cabeça do feto ou da criança é significativamente menor do que a de outros fetos ou crianças do mesmo estágio de desenvolvimento ou do mesmo sexo e idade.
Quais são as causas da microcefalia?
A microcefalia pode ser causada por vários fatores genéticos e adquiridos. É o resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento. Em geral, a microcefalia só é detectada no momento do nascimento, mas usualmente resulta de uma anormalidade do desenvolvimento do cérebro ainda no útero ou é precocemente adquirida na infância. Outras causas podem incluir a fusão prematura das suturas entre os ossos do crânio da criança, anormalidades cromossômicas, como a síndrome de Down por exemplo, anóxia cerebral (decréscimo do oxigênio no cérebro fetal), infecções do feto durante a gestação, exposição a substâncias prejudiciais durante o desenvolvimento fetal, desnutrição severa e fenilcetonúria não controlada.
Quais são os principais sinais e sintomas da microcefalia?
O sintoma mais típico da microcefalia é o tamanho da cabeça significantemente menor que o da cabeça de crianças do mesmo sexo e idade. A microcefalia primária provoca hipertonia muscular generalizada, paralisia, crises convulsivas e atraso mental.
As manifestações sintomáticas da microcefalia secundária dependem do tipo e da gravidade da malformação. Como as funções cerebrais estão, na grande maioria dos casos, pouco desenvolvidas, esta situação provoca um atraso mental profundo. Caso seja afetado apenas o desenvolvimento de um dos hemisférios cerebrais, ela provoca igualmente um atraso mental, apesar de as perturbações motoras serem unilaterais.
Como o médico diagnostica a microcefalia?
O tamanho da cabeça é medido pela circunferência em torno do seu topo na região mais larga, o chamado perímetro cefálico. Usando padrões bem estabelecidos de crescimento, essas medidas são comparadas ao percentil apurado de crianças normais. Em condições normais, o crânio, no momento do nascimento, tem um perímetro de aproximadamente 33 a 36 centímetros, aumentando de tamanho ao longo dos primeiros anos de vida e acompanhando o crescimento do encéfalo. Este crescimento é bastante pronunciado nos primeiros seis meses após o nascimento, entre 7 a 8 centímetros, até alcançar os 46 a 48 centímetros no final do primeiro ano de vida. Nas crianças com microcefalia, o tamanho ou o crescimento da cabeça é significantemente abaixo da média. O médico que atender um paciente com microcefalia tomará uma completa história do pré-natal, nascimento e desenvolvimento da criança e deverá fazer um exame físico detalhado que inclua um exame neurológico. Uma história familiar deverá ser conhecida, especialmente a medida da cabeça dos pais, para determinar se há histórico de microcefalia1 na família. Exames de tomografia computadorizada, ressonância magnética e testes sanguíneos podem ajudar a determinar as causas subjacentes do problema.
Como o médico trata a microcefalia?
Como não existe tratamento para a microcefalia, a ação terapêutica se limita aos casos em que a fusão dos ossos cranianos é precocemente detectada, devendo-se realizar uma intervenção cirúrgica, nos primeiros meses de vida, para separar os ossos do crânio, cortar as extremidades unidas e separar as lâminas ósseas, podendo reduzir as sequelas.
Exceto pela cirurgia para corrigir essa craniosinostose (fusão das suturas entre os ossos do crânio), não há tratamento que alargue o crânio, nem que reverta as consequências da microcefalia. A intervenção precoce pode ajudar a criança a melhorar seu desenvolvimento e sua qualidade de vida, com programas que incluam terapias para a fala e outras terapias físicas e ocupacionais que melhoram as habilidades da criança. Algumas complicações da microcefalia, como as convulsões ou a hiperatividade, por exemplo, podem ser tratadas com medicações.
Como prevenir a microcefalia?
Se o casal tiver um filho com microcefalia de causa genética, deve consultar um geneticista sobre os riscos de que o problema se repita em futuras gestações.
Quais são as complicações possíveis da microcefalia?
Algumas crianças com microcefalia têm inteligência normal, embora suas cabeças permaneçam pequenas para seu sexo e idade. Mas na dependência da sua causa e severidade, a microcefalia pode gerar, entre outras, as seguintes complicações: retardo de alguns aspectos do desenvolvimento, tais como fala e movimentos, dificuldades de coordenação e equilíbrio, pequena estatura, distorções faciais, hiperatividade, retardo mental e convulsões.
 

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